quinta-feira, 25 de abril de 2013
quando se ama o abismo ...
"Não sei se é de nós, se é de mim..
Não sei se foi do tempo, se te perdi..
Dizem que o tempo leva; ele não te leva a ti.
E eu que já lhe pedi.. Que já lhe pedi...
Não sei se te pintei, ou se esperei por ti um dia.
Nem sei se imaginei amor em ti, na minha utopia.
Dizem que a mente esquece; ela gravou-te em nostalgia.
E eu que já lhe disse que não queria...
Mente-me com os olhos, que eu acredito em ti
Mente-me com os olhos, que eu acredito em ti
Mente-me com os olhos, que eu acredito em ti
E mato a sede na ilusão de gostares de mim.. De gostares de mim.
Eu sei que te esperei, que te chamei nas horas vagas,
E que até implorei quando disseste que não voltavas.
Dizem que o orgulho esquece a razão de tanta mágoa
Mas o meu esmorece por tua causa..
Ouvi alguém chamar o teu nome, sei e apercebi
Ganho mais ar nos pulmões, são sensações que fingem não ver
Dizem que quem partir acaba por desaparecer
Mas hoje passas por mim e eu sinto a terra tremer!
Mente-me com os olhos, que eu acredito em ti
Mente-me com os olhos, que eu acredito em ti
Mente-me com os olhos, que eu acredito em ti
E mato a sede na ilusão de gostares de mim.. De gostares de mim.
Mato a sede, eu mato a sede.. Qa ilusão eu mato a sede, mente-me que eu mato a sede na ilusão de gostares de mim.. que eu mato a sede na ilusão de gostares de mim.."
quarta-feira, 17 de abril de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
Como é que se esquece alguém que se ama?
Como é que se Esquece Alguém que
se Ama?
Como é que se esquece alguém que
se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais
lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz
para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz
quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os
amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns
dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece?
Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de
repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de
despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas
maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá.
Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso
aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É
preciso paciência.
O pior é que vivemos tempos
imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou
do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho.
Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a
tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de
terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e
desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente
doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta
moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do
juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de
lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo
seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os
livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à
seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem
conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para
ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos
divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de
enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo
desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os
momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e
amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para
esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na
esperança de ele se cansar.
Miguel Esteves Cardoso, in
'Último Volume'
segunda-feira, 15 de abril de 2013
domingo, 14 de abril de 2013
"...sempre foi esta permanente necessidade de tentar transportar estes caracteres para a vida real que te fizeram crescer dentro de mim, esta perfeita noção que estás longe de "te dares a mim" de saber que isso dificilmente irá acontecer porque és especial, és complexa nessa aparente simplicidade, exaltada no teu silêncio e violenta na minha cabeça, voas e eu navego, e eu sou só eu... é por saber que és gigantesca dentro desse teu perfeito metro e meio, que respiras para viver e eu vivo do teu ar, é por isto tudo que eu só quero uma pernada do teu voo... e se ela chegar ao fim.. andorinha, voa sempre muito alto porque eu, no meu barco, vou sempre estar a olhar o céu... e, se te vir, vou novamente largar a estrela polar e vou navegar feito doido atrás de uma andorinha..."
domingo, 7 de abril de 2013
“Uma mulher não perdoa uma única coisa no homem: que ele não ame com coragem. Pode ter os maiores defeitos, atrasar-se para os compromissos, jogar futebol no sábado com os amigos, soltar gargalhada de hiena, pentear-se com franjinha, ter pelos nas costas e no pescoço, usar palito de dente, trocar os talheres de um momento para outro.
Qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem.”
[Fabricio Carpinejar]
Qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem.”
[Fabricio Carpinejar]
sábado, 6 de abril de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
o tempo perfeito
tenho urgência em amar-te ... sentir o teu calor, o teu beijo, o teu abraço, o teu cheiro ...
... e é impressionante como a chuva lá fora se transforma no tempo perfeito.
... e é impressionante como a chuva lá fora se transforma no tempo perfeito.
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