terça-feira, 25 de novembro de 2008

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

hunf ...


encontro-me ... perdida ...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

pon and zi ...

Pon and Zi são duas personagens de banda desenhada, criadas pelo estudante de arte Jeff Thomas a.k.a. Azuzephre, que se tornaram muito conhecido pela internet. Estes personagens tentam transmitir um lado irónico ao amor mórbido e de entrega total, mas são fantásticas e completamente irresistiveis. Vou-vos deixar uns momentos fofos ... ou não :P


Amor é ... enfiar "ceroulas" na cabeça e calções na tolinha ... lol


um dia tb ponho um cartaz assim e vou pró pé do Elevador da Bica


perfeito.


ohhhhh! eu casava-me já com ele.

é assim mesmo. "mai nada". Marota.

o Amor transforma tudo, mas não o jeitinho prás artes.


perfeito nº2. esta faz me lembra a velha máxima "e se eu pedir muito e com olhinhos de Bambi?"



Gandhi deixou marcas.

cada um caça com o que pode. lol



já me aconteceu.


e é segredo ... lol



sexta-feira, 14 de novembro de 2008

de ficar em silêncio...

uma música brutalíssima de Beck ... do meu filme "mais favoritu"

O despertar da Mente

o problema não és tu. sou eu ...

dizes tu...

dizes tu que sou impulsiva ... e sou! tanto!

dizes que prefiro "beber da garrafa até a acabar" do que "do copo e ir saboreando".

conheces-me.

posto isto, ensina-me a "ter modos"!

... 1 semana e ... não psssou ...

o que eu queria mesmo...



...era um fim de semana em Óbidos ... com muito frio à mistura ... aquecido pelas caminhadas nas muralhas e uma ginjinha em copo de chocolate ... um restaurante com um frango muito bom ... uma paz imensa de um quase tocar o céu ... uns quantos semáforos vermelhos ... um mp3 cheio de músicas italianas e de bailinho ... uma pousada da juventude com beliches móveis ... um pão de ló de Alfezeirão ainda quente, dentro do carro, com vista para as Berlengas ... um homem simplesmente magnifico a meu lado ... mas ...

... que me preencha totalmente.

será que em algum momento da vida alguem sentiu que não mudaria aquele momento por nada apesar de o estar a partilhar com uma pessoa por quem sabe não completar, nem ser completo ... sabendo que esta condição não mudará?

dou por mim a temer que nenhum momento seja tão perfeito quanto um segundo de mil momentos que passei nesta "imcompletude" ...

bem sei que já o disse duzias de vezes mas ... "não escolhemos de quem gostamos" ... E ainda se torna mais estranho quando duas pessoas que se admiram mutuamente, em infinitos sentidos (és o Pseudo ... sempre o serás, porque chamar-te Perfeito, só, é confirmar que ninguem te iguala), tentam que isso seja pretexto para gostarem uma da outra ... Sai-se vencido! Desanimado! Vazio!

e talvez o momento não fosse tão perfeito ... nem tão imortal ... se "o" sentimento existisse.


(continuas e continuarás sempre a ser um grande amigo ... com quem n me importo de falar horas e horas a fio e ser criança pelas ruas do bairro, com um copo de cerveja na mão ... vontade de fazer xixi ao lado dos carros ... fazer yoga no meio da rua ... de te ouvir a tocar aquela "gaita", virando-se todos os olhares para nós ... de te chocar com as minhas saídas descabidas ... de bater com a porta do carro nos dentes (sou sexy, é um facto) ... e na verdade ... as tuas teorias de psicologo louco e com asas do tamanho das de uma ave pré-histórica fazem-me falta ... andamos sempre tão longe ... porque será sempre confuso ... porque será sempre tudo tão cheio e tão vazio ... tudo sem sentido ... mas tudo tão perfeito ... tudo tão perfeitamente sem sentido ...)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

viagens...


para ti que estás escondido na noite escura ... dentro de uma qualquer "trincheira" ...

"(...)Nunca cedas ao medo das viagens longas,
de que a vida também se faz.
Na primeira carruagem dos comboios nocturnos
viaja sempre a madrugada(...)"


Torquato da Luz


Boris Vian


"Escritor francês e músico de jazz, nasceu em 1920 e desde cedo se envolveu com personalidades de vulto do existencialismo francês.Em 1946 surge, envolto em polémica e escândalo, o seu primeiro romance, J’irais Cracher Sur Vos Tombes (Hei-de Cuspir-vos na Sepultura), publicado sob o pseudónimo Vernon Sullivan. Seguem-se L´écume des Jours (A Espuma dos Dias) e L´automne à Pékin (O Outono em Pequim), ambos publicados em 1947 e L´Arrache-Coeur (O Arranca Corações, 1953). Escreve peças de teatro do Absurdo, como L´Équarissage Pour Tous (Esquartejamento Para Todos), publicado em 1998 ou Le Gouter des Généraux (O Chã dos Generais, publicado em 1965). Redigiu também óperas e escritos sobre uma das suas paixões (toda a sua vida, aliás, parece não mais ter sido do que paixão), o jazz. Compôs Le Deserteur (O Desertor), bela canção anti-belicista (Vian foi uma das vozes que se destacou na luta contra a dominação francesa sobre a Argélia).Morreu aos trinta e nove anos de idade, vítima de ataque cardíaco.Boris Vian medita sobre a condição humana sem sobranceria ou angústia. Acredita no amor, na imaginação, no riso (palavras opacas a que ele confere uma veracidade cristalina). Para quem, inadvertido, abra um dos seus livros, a surpresa e o doce esforço de aceitação do seu mundo são experiências inesquecíveis. Como um músico que toma nos braços o saxofone e, alegre e livremente, vai improvisando as mais belas melodias, Boris Vian leva-nos a conhecer personagens e situações plenas de audácia e ternura. O leitor sente-se como se, de repente, descobrisse um alçapão no seu caminho de todos os dias, o abrisse e se pusesse à espreita; como se descobrisse que por detrás da cortina do seu quarto há uma janela oculta, aberta de par em par para o humor, para a amizade e para a paixão.Há quem lhe chame um «cultivador do absurdo». Mas que absurdo tão cheio de beleza, de harmonia, de desconcertantes descobertas sobre a natureza humana! Que absurdo prenhe de sentido!"

Quero uma vida em forma de espinha
Num prato azul
Quero uma vida em forma de coisa
No fundo dum sítio sozinho
Quero uma vida em forma de areia nas minhas mãos
Em forma de pão verde ou de cântara
Em forma de sapata mole
Em forma de tanglomanglo
De limpa chaminés ou de lilás
De terra cheia de calhaus
De cabeleireiro selvagem ou de édredon louco
Quero uma vida em forma de ti
E tenho-a mas ainda não é bastante
Eu nunca estou contente

Boris Vian


sábado, 8 de novembro de 2008

que estrada me leva a ...


hoje roubei as palavras a tantos dos "génios" que admiro ... hoje faltam-me as palavras ... pensei "porque não?" ... outros que deponham a meu favor ...

Já agora ... bem que me podia acontecer como à Dorothy ... e alguem me indicar o caminho ... "follow the yelow brick road"...

a noite ... passada ...

A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia"
ri-me de ti "então porque não voas?"
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste
A noite passada fui passear no mar

a viola irmã cuidou de me arrastar
chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo
olhei para baixo dormias lá no fundo
faltou-me o pé senti que me afundava
por entre as algas teu cabelo boiava
a lua cheia escureceu nas águas
e então falámos
e então dissemos
aqui vivemos muitos anos
A noite passada um paredão ruiu

pela fresta aberta o meu peito fugiu
estavas do outro lado a tricotar janelas
vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
cheguei-me a ti disse baixinho "olá",
toquei-te no ombro e a marca ficou lá
o sol inteiro caiu entre os montes
e então olhast
e depois sorriste
disseste "ainda bem que voltaste"

Sérgio Godinho

as linhas com que se desenha a vida...


Pede-se a uma criança: Desenha uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém. Passado algum tempo o papel está cheio de linhas. Umas numa direcção, outras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase não resistiu. Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era demais. Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas: Uma flor! As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor! Contudo a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas, são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor!


Almada Negreiros

morreste-me...



Hoje foi o ontem em que me morres-te...

confidência...


Diz o meu nome
pronuncia-o
como se as sílabas te queimassem os lábios
sopra-o com a suavidade
de uma confidência
para que o escuro apeteça
para que se desatem os teus cabelos
para que aconteça
Porque eu cresço para tis

ou eu dentro de ti
que bebe a última gota
e te conduzo a um lugar
sem tempo nem contorno
Porque apenas para os teus olhos

sou gesto e cor
e dentro de ti
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci
Porque a minha mão infatigável

procura o interior e o avesso
da aparência
porque o tempo em que vivo
morre de ser ontem
e é urgente inventar
outra maneira de navegar
outro rumo outro pulsar
para dar esperança aos portos
que aguardam pensativos
No húmido centro da noite

diz o meu nome
como se eu te fosse estranho
como se fosse intruso
para que eu mesmo me desconheça
e me sobressalte
quando suavemente
pronunciares o meu nome


Mia Couto :)

quando alguem escreve sobre o que outros sentem...




todos nós sentimos o que outros sentem, o que outros sentiram, o que outros sentirão neste ou naquele momento da vida. Ficam alguns excertos de Ruy Belo do que, pelo menos, hoje sinto.

"(...)E embora a minha fome tenha o nome dela
e da água bebida na face passada
não peço nada à vida que a vida era ela
e que sei eu da vida sei menos que nada"


"Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu sei que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha"

ser directo...


"Are You Gonna Bark All Day Little Doggy, Or Are You Gonna Bite?"


Reservoir Dogs - Tarantino movie - who else?

resposta...


"se eu acreditasse no Amor esperava por ti"
Celyn Morag


agora inverte o sentido da frase .
... encontramo-nos pelo caminho ...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

a nossa história...

“havemos de ser outros amanhã
ou daqui a momentos ou já agora
e dificilmente reconheceremos o espaço da alegria
em que noutras horas chegámos a nascer
e então meu amor

(não sei se reparaste mas é a primeira vez que escrevo meu amor)
teremos nos olhos a cor sem cordas roupas muito usadas
e guardaremos os despojos das noite
sem que tudo sem querer nos magoava
nas gavetas daqueles velhos armários
com cheiro a cânfora e a tempo inútil
onde há muitos anos escondemos
um postal da Torre de Belém em tons de azul
e um bilhete para a matiné das seis no São Jorge
onde um homem

(que muitos anos depois segundo me contaram se suicidou)
tocava orgão nos intervalos em que
nos beijávamos às escondidas

e dessas gavetas rebenta a poeira do tempo
que matámos a frio dentro de nós
com os filhos que perdemos em camas de ninguém
e as pedras que nasceram no lugar das cinzas
e havemos de perguntar

(mesmo sabendo que já não há ninguém para nos responder)
por que foi que nos largaram no mundo
vestidos de tão frágeis certezas
por que nos abandonaram assim
no rebentar de todas as tempestades
sabendo que o futuro que nos prometiam batia
ao ritmo das horas que já tinham sido
destinadas a outros e nunca
voltariam a tempo de nos salvar
mas enquanto vai escorrendo de nós o pó
desses lugares onde ainda há vozes
que não desistiram de perguntar por nós
vamos bebendo a água inicial das nossas línguas
um ao outro devolvendo o pouco
que conseguimos salvar de todos os dilúvios"

Alice Vieira
(para ti que não entendes)

domingo, 2 de novembro de 2008

de bater ... o meu coração parou ...

apercebi-me hoje ... mais do que nunca ... que mudei tanto ...

dizem que as desilusões da vida nos tornam mais fortes ... é um facto ... a mim, tornaram-me pedra fria ...
não é desculpa para quem magoei ... mas não deixa de ser uma justificação ...

o meu coração bateu tanto ... que parou ...

... deixei de saber lidar com emoções ... e antes que o fogo à minha volta me toque ... prefiro ferir-me com o meu próprio veneno ... E dizem que sou forte? ... não diria ... diria cobarde ... diria assutada ... diria que constui um muro de defesas impenetravel ... Qual escorpião orgulhoso ...

... tudo isto para resumir que ... não te peço desculpa ... não tenho cara para isso ... apesar de já o ter feito ...
... errei ...
... sou humana ...

... e se sinto que há vida em mim ... que este mármore que me solidificou as artéria se parte com mais facilidade do que a que poderia pensar ... é culpa tua ... e daquilo que sei sentir por ti ...

... porque és tu e só tu aquele a quem chamei "o homem da minha vida" ... tu ... feito do mesmo mau feitio que eu ... feito das mesmas emoções ... dos mesmos gostos ... vontades ... orgulhos ... forças ...
... mas eu tinha de ter errado ... não é? ... mais uma vez ...
... e tu tinhas de ir ...
... eu tinha de deixar ...
... e agora é o orgulho que não me deixa dizer-te que sinto a tu falta, mais do que possas imaginar ... que sinto saudade dos teus olhos em mim quando adormecia ... dos teus braços onde me perdia ... da tua voz diferente ... do teu aspecto de gente ... mesmo sabendo que não pertences a este mundo ...

... somos iguais na força que nos impele .... mas eu sou mais feia ... o meu veneno há muito que se misturou com o sangue ... e de quando em vez gosto de te largar a mão ...
... para a seguir saber que é tudo o que menos quero ...

o meu coração parou há muito ... mas às vezes ... ouve-se um compasso descontinuado ... reanimado por ti ...