sexta-feira, 14 de novembro de 2008

o que eu queria mesmo...



...era um fim de semana em Óbidos ... com muito frio à mistura ... aquecido pelas caminhadas nas muralhas e uma ginjinha em copo de chocolate ... um restaurante com um frango muito bom ... uma paz imensa de um quase tocar o céu ... uns quantos semáforos vermelhos ... um mp3 cheio de músicas italianas e de bailinho ... uma pousada da juventude com beliches móveis ... um pão de ló de Alfezeirão ainda quente, dentro do carro, com vista para as Berlengas ... um homem simplesmente magnifico a meu lado ... mas ...

... que me preencha totalmente.

será que em algum momento da vida alguem sentiu que não mudaria aquele momento por nada apesar de o estar a partilhar com uma pessoa por quem sabe não completar, nem ser completo ... sabendo que esta condição não mudará?

dou por mim a temer que nenhum momento seja tão perfeito quanto um segundo de mil momentos que passei nesta "imcompletude" ...

bem sei que já o disse duzias de vezes mas ... "não escolhemos de quem gostamos" ... E ainda se torna mais estranho quando duas pessoas que se admiram mutuamente, em infinitos sentidos (és o Pseudo ... sempre o serás, porque chamar-te Perfeito, só, é confirmar que ninguem te iguala), tentam que isso seja pretexto para gostarem uma da outra ... Sai-se vencido! Desanimado! Vazio!

e talvez o momento não fosse tão perfeito ... nem tão imortal ... se "o" sentimento existisse.


(continuas e continuarás sempre a ser um grande amigo ... com quem n me importo de falar horas e horas a fio e ser criança pelas ruas do bairro, com um copo de cerveja na mão ... vontade de fazer xixi ao lado dos carros ... fazer yoga no meio da rua ... de te ouvir a tocar aquela "gaita", virando-se todos os olhares para nós ... de te chocar com as minhas saídas descabidas ... de bater com a porta do carro nos dentes (sou sexy, é um facto) ... e na verdade ... as tuas teorias de psicologo louco e com asas do tamanho das de uma ave pré-histórica fazem-me falta ... andamos sempre tão longe ... porque será sempre confuso ... porque será sempre tudo tão cheio e tão vazio ... tudo sem sentido ... mas tudo tão perfeito ... tudo tão perfeitamente sem sentido ...)