domingo, 2 de novembro de 2008

de bater ... o meu coração parou ...

apercebi-me hoje ... mais do que nunca ... que mudei tanto ...

dizem que as desilusões da vida nos tornam mais fortes ... é um facto ... a mim, tornaram-me pedra fria ...
não é desculpa para quem magoei ... mas não deixa de ser uma justificação ...

o meu coração bateu tanto ... que parou ...

... deixei de saber lidar com emoções ... e antes que o fogo à minha volta me toque ... prefiro ferir-me com o meu próprio veneno ... E dizem que sou forte? ... não diria ... diria cobarde ... diria assutada ... diria que constui um muro de defesas impenetravel ... Qual escorpião orgulhoso ...

... tudo isto para resumir que ... não te peço desculpa ... não tenho cara para isso ... apesar de já o ter feito ...
... errei ...
... sou humana ...

... e se sinto que há vida em mim ... que este mármore que me solidificou as artéria se parte com mais facilidade do que a que poderia pensar ... é culpa tua ... e daquilo que sei sentir por ti ...

... porque és tu e só tu aquele a quem chamei "o homem da minha vida" ... tu ... feito do mesmo mau feitio que eu ... feito das mesmas emoções ... dos mesmos gostos ... vontades ... orgulhos ... forças ...
... mas eu tinha de ter errado ... não é? ... mais uma vez ...
... e tu tinhas de ir ...
... eu tinha de deixar ...
... e agora é o orgulho que não me deixa dizer-te que sinto a tu falta, mais do que possas imaginar ... que sinto saudade dos teus olhos em mim quando adormecia ... dos teus braços onde me perdia ... da tua voz diferente ... do teu aspecto de gente ... mesmo sabendo que não pertences a este mundo ...

... somos iguais na força que nos impele .... mas eu sou mais feia ... o meu veneno há muito que se misturou com o sangue ... e de quando em vez gosto de te largar a mão ...
... para a seguir saber que é tudo o que menos quero ...

o meu coração parou há muito ... mas às vezes ... ouve-se um compasso descontinuado ... reanimado por ti ...

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