sábado, 8 de novembro de 2008

quando alguem escreve sobre o que outros sentem...




todos nós sentimos o que outros sentem, o que outros sentiram, o que outros sentirão neste ou naquele momento da vida. Ficam alguns excertos de Ruy Belo do que, pelo menos, hoje sinto.

"(...)E embora a minha fome tenha o nome dela
e da água bebida na face passada
não peço nada à vida que a vida era ela
e que sei eu da vida sei menos que nada"


"Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu sei que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha"

2 comentários:

o mesmo de sempre. disse...

"de que hoje sentes". vês como tenho razão?!
eu só te comecei a matar momentos depois, nao se escreve quando se está no meio do furacão.És capaz de perder algumas folhas, e quando fores a vêr nao escreveste nada.De todo.

Ana Si disse...

escrevo o que sinto, no momento. e talvez mais além.

mas do mais além n se fala. pode pressionar alguem ...

não fales do que n sabes.