E a mim importa-me que estejas a meu lado, enquanto o medo vai dançando à nossa volta
algo teu - Pluto
... porque não é de hoje ... nascemos há já muitos abraços, beijos, músicas, atrás ... mas, eu, na altura, estraguei tudo, como tão bem sei fazer... Era livre e quis continuar a sê-lo ... não deixei de colocar vírgulas no meu percurso, nem pontos finais nos meus textos inacabados ... Coloquei uma qualquer máscara para poder passar a fronteira sem ser reconhecida e consegui ... consegui, fugi, fugi, corri ... era plenamente livre. (para quê?! para quem?!) ... Apagas-te me de todas as memórias e seguiste, não poderia ter sido de outra forma ... E eu, bem eu ... conheci, sorri, chorei, fiz, sorri novamente, explorei, diverti, parti, deixei partir ... e voltei! ... Voltei sabendo que n era aceitável ... mas mm assim voltei ... Voltei com a máscara na mão ... e ao chegar a ti atirei-a para o chão, de nada valia ...
Hoje poderia usar outra máscara, uma que escondesse o que sinto, mas tu, que és da terra do mesmo vaso, reconhece-la-ias ... e de que vale usá-la se não consegue esconder os olhos que te gritam?!... Fazes me falta nessa tua confusão, nesse teu total de nós de oitos e de oitentas, de paz e de conflito, de céu e inferno, de verde e de carmin, de tudo e de nada ... e é dificil explicar te que essa tua confusão me equilibra ... que és tu e esse teu imenso mundo interior com quem me imagino a correr mundo, a fazer mil e uma viagens, a sair à rua de baixo ou ao outro lado do mundo, com quem me imagino a beber uma taça do mais requintado vinho ou uma imperial em copo de plástico, com quem me imagino de vestido cintado ou de calça rasgada, com quem me imagino em protesto constante ou deitada no teu ombro a segredar a cada canto do teu corpo que ele guarda a alma que me preenche, com quem me imagino na loucura e no desejo ou na paz e na harmonia ... dou por mim a desejar que feches os olhos e que lembres a quente humidade dos meus lábios e que sorrias com malícia porque gostaste ... e tu sentes o mesmo, sei-o ... E dá medo ... é condição humana ... não queremos sofrer, mas não desistimos dos nossos sonhos ... embora seja difícil quando não dependem apenas de nós, mas a piada está aí mesmo ... o que nós resta então? para já, nada! Para amanhã ... o que for ...