domingo, 9 de março de 2008

banco à beira mar ...

e eis que no lugar em que o céu toca o mar
onde a vertigem da rocha não parece acabar
provo a certeza da efemera beleza da tua paixão
e se planos falhados cairem em bocados sem explicação
saberei que a culpa é da fenda acesa que irrompe a certeza
de já não controlar o rufar do coração
são tardes de voragem de amar e de coragem que me ensinas tu
são raios são flores são salpicos e odores
são loucuras desmedidas são horas perdidas e achadas alheias à multidão
são quartos de lua e lua nos quartos que revelam a tua forma
e onde provo o teu aroma e me esqueço de representar
envolvida no gemido do silêncio e no discurso do teu olhar
peço ao tempo pra demorar enquanto vens comigo capturar nuvens
reter o sol entre os dedos e descobrir ilhas nuas em bancos de madeira à beira mar
agora ligado o motor do carro e com a estrada pra voltar
sempre que te sintas cansado tens a minha vida pra recortar e colar
fazendo correponder exercicios e sentimentos
descobrindo a felicidade e a vontade de partir sem muito planear



. fica a recordação de um rota traçada ao sabor da vontade e de dois dias que souberam a 1000 ... .


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